
Vivemos em tempos acelerados, onde a rotina sufoca e a vida social muitas vezes se resume a curtidas ou mensagens genéricas. Diante disso, a pergunta “Quem te procurou nos últimos tempos para saber como você está?” revela mais do que uma simples curiosidade — ela escancara a qualidade das nossas relações.
Não se trata de exigir atenção constante, mas de reconhecer quem, mesmo na correria, reserva um tempo para perguntar sinceramente como você está. Relações verdadeiras não se medem por quantidade de interações, mas pela profundidade do interesse. Há uma diferença clara entre estar disponível e estar presente.
Essa pergunta nos convida a refletir: estamos rodeados por vínculos afetivos ou apenas por contatos ocasionais? E mais — será que também temos sido presença real na vida de alguém?
Às vezes, a ausência de quem nunca pergunta como estamos fala mais alto do que mil palavras. E isso não é sobre ressentimento, mas sobre clareza. Saber quem se importa, de fato, ajuda a fortalecer o que é genuíno e a se libertar do que é superficial.
Luciana Oliveira
Escritora