
O Nome Secreto da Fé
(Para os que continuam mesmo quando tudo parece dizer “pare”)
A fé nunca grita.
Ela sussurra.
Feito brisa que balança a folha
sem que ninguém veja o vento.
É a primeira a chegar nas manhãs de incerteza,
e a última a partir nas noites de dor.
Mora nos silêncios entre uma lágrima e outra,
e brota — como planta teimosa —
mesmo no chão que já se deu por estéril.
Dizem que é invisível,
mas os antigos sabiam que ela tem cor de aurora
e cheiro de pão recém-saído do forno.
E que, quando tudo desaba,
é ela quem segura as vigas do coração.
A fé é o alicerce da esperança,
não porque tudo vai dar certo,
mas porque mesmo sem garantias
ela insiste em dizer:
“vai.”
E quem acredita,
anda de olhos fechados,
mas de alma aberta.
Porque a fé é a certeza
que mora no escuro
e, mesmo assim,
ilumina.
Luciana Oliveira